Neste dia 11 de fevereiro celebramos o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência. Esta data foi promulgada pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em 22 de dezembro de 2015, com o objetivo de reconhecer a contribuição feminina nos campos da Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática, enaltecendo as conquistas de cientistas e pesquisadoras, ao mesmo tempo em que busca promover a igualdade de oportunidades e reduzir as disparidades de gênero nesses setores. Hoje, rememoramos a trajetória de Maria Falce de Macedo, uma das pioneiras da Medicina no Brasil e a primeira médica do Paraná.

Maria Falce de Macedo nasceu em Curitiba no dia 15 de janeiro de 1897, filha de Pedro e Philomena. Desde cedo, teve uma convivência próxima ao trabalho dos pais, que eram proprietários de uma funerária, o que pode sugerir certa influência em seu interesse por áreas relacionadas à saúde. Sua jornada acadêmica e profissional foi marcada por superação, pioneirismo e compromisso com a educação e as ciências.

Em 1914, dois anos após a fundação da Universidade Federal do Paraná, Maria iniciou seu percurso no mundo acadêmico, quando o curso de Medicina foi instituído. Ela se formou em 1919, como integrante da primeira turma de Medicina da instituição, conquistando um marco significativo ao se tornar a primeira médica do Paraná. Mas sua caminhada não se limitou apenas à sua formação. Após concluir sua graduação, Maria passou a lecionar na própria universidade, onde foi nomeada catedrática de Química Orgânica, tornando-se a primeira mulher e primeira catedrática a ocupar um cargo dessa importância em uma universidade brasileira.

Além de sua carreira acadêmica, Maria também foi uma figura importante na prática médica. Casou-se com seu colega de turma, José Pereira de Macedo, e juntos fundaram um laboratório particular. Mais tarde, o laboratório foi vendido para Fani Frischmann e Oscar Aisengart, mas ela continuou a exercer a sua função como chefe do laboratório da Santa Casa de Curitiba, contribuindo para o desenvolvimento da medicina no Paraná e, consequentemente, no Brasil.

Maria Falce de Macedo e sua família residiram no bairro Ahu, em Curitiba, e sua vida foi marcada por uma dedicação inabalável à Ciência e à educação. Ela faleceu em 24 de abril de 1972, mas seu legado continua vivo e inspira gerações de mulheres, especialmente aquelas que seguem a carreira científica e médica.

Neste Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, exaltamos a memória de Maria Falce de Macedo, cujo exemplo de vida e trabalho continua a ser uma fonte de inspiração e empoderamento para mulheres em todas as áreas das Ciências.