Brasão do Estado do Paraná desenhado por Alfredo Andersen, pintor norueguês radicado em Curitiba. Substituiu os de 1902 e de 1905, que nada tinham de original, pois ambos copiavam o da República, com pequenas alterações. Foi aprovado pela Lei 904, de 21 de março de 1910, e sancionado pelo Presidente da Província Francisco Xavier da Silva. Embora mais artístico que heráldico, veio a dar a estrutura e os contornos dos brasões que se seguiram.

Em 1947, o Governador Moysés Lupion restabeleceu os símbolos estaduais, abolidos pela Constituição Federal de 1934. O brasão desenhado por Andersen foi então alterado, sendo mantido, porém, seu formato e itens constitutivos: o lavrador representa a riqueza dos campos e a disposição do povo para o trabalho; o Sol nascente é o símbolo iluminado de uma grandeza que surge, de um futuro que se ergue promissor e fecundo; a cordilheira marítima faz referência à natureza do solo paranaense, de altitude variada; as grinaldas de pinho e mate (o brasão de 1947 sugere a ideia de ramo de café, com as folhas opostas e agrupadas), que contornam a parte inferior do escudo, fazem referência às riquezas econômicas do estado na primeira metade do século XX, e, por fim, um gavião-real (Harpia harpyja) de asas estendidas e olhando de frente, pousado no centro da parte superior do escudo, representa as inclinações humanas pela liberdade.

Em 1990, o escudo foi adequado às normas heráldicas e foi elaborado extenso e elucidativo material descritivo de construção e fixação das cores, evitando-se assim distorções, inclusive de dimensão. Em 2002, após uma decisão de inconstitucionalidade pelo Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, a lei complementar número 52, de setembro de 1990, que instituíra mudanças no brasão de 1947, foi suspensa sendo restabelecido o símbolo de 1947. O Brasão de Armas poderá ser confeccionado em monocromia ou em policromia, observando-se, nesse caso, o fixado para o padrão de cores (referência película autoadesiva da linha Pantone/letrasset): verde (340D) amarelo ou ouro (109D), azul (293D) e branco ou prata.

Fontes:

STRAUBE, Ernani Costa. Símbolos – Brasil, Paraná e Curitiba: histórico e legislação. Curitiba: Instituto Histórico e Geográfico do Paraná, 2002. p. 89 a 94.

STRAUBE, Ernani Costa. Símbolos do Paraná: evolução histórica. Curitiba: Imprensa Oficial do Estado, 1987. p. 50 a 52.