Microrregião da Lapa - Lapa - CRQ Restinga
CRQ COMUNIDADE REMANESCENTE QUILOMBOLA DA RESTINGA
Os ancestrais dos moradores da Restinga foram escravizados na Fazenda Santa Amélia de Hipólito Alves de Araújo. Mesmo antes da promulgação da Lei Áurea este fazendeiro libertou as pessoas escravizadas na sua propriedade dando a elas as terras nas quais já trabalhavam. A comunidade passou a viver e trabalhar livre nessas terras, desde o início do século XIX. Uma das mais antigas moradoras da Restinga, Ana Maria Martins Santana, descendente direta daqueles escravizados, nascida em 1928, herdou dos antepassados uma história de resistência e lutas. Famílias influentes tentaram em vão expulsar os Santana de sua propriedade[1]: “Quiseram tirar a gente à força, mas não conseguiram porque minha mãe, Setembrina Caetano de Lima, tinha os documentos”, diz. As famílias confeccionam rédeas e cabrestos artesanalmente. O padroeiro é São Sebastião e a santa venerada é Nossa Senhora Aparecida.
Em relação às danças, os moradores relatam que a tradição foi morrendo com os mais velhos. Augusta Martins é a benzedeira na comunidade. Na memória coletiva ainda está a festa do Divino que não fazem mais. O trabalho nas roças comunitárias é feito por homem e por mulher no plantio de feijão, milho e verduras em terra arrendada.
[1] Estas informações foram compiladas de PAULA, F. M. de C; Comunidades do Feixo e da Restinga: dos Afro-descendentes da Lapa. Curitiba: Edição do Autor, 2007.
Os ancestrais dos moradores da Restinga foram escravizados na Fazenda Santa Amélia de Hipólito Alves de Araújo. Mesmo antes da promulgação da Lei Áurea este fazendeiro libertou as pessoas escravizadas na sua propriedade dando a elas as terras nas quais já trabalhavam. A comunidade passou a viver e trabalhar livre nessas terras, desde o início do século XIX. Uma das mais antigas moradoras da Restinga, Ana Maria Martins Santana, descendente direta daqueles escravizados, nascida em 1928, herdou dos antepassados uma história de resistência e lutas. Famílias influentes tentaram em vão expulsar os Santana de sua propriedade[1]: “Quiseram tirar a gente à força, mas não conseguiram porque minha mãe, Setembrina Caetano de Lima, tinha os documentos”, diz. As famílias confeccionam rédeas e cabrestos artesanalmente. O padroeiro é São Sebastião e a santa venerada é Nossa Senhora Aparecida.
Em relação às danças, os moradores relatam que a tradição foi morrendo com os mais velhos. Augusta Martins é a benzedeira na comunidade. Na memória coletiva ainda está a festa do Divino que não fazem mais. O trabalho nas roças comunitárias é feito por homem e por mulher no plantio de feijão, milho e verduras em terra arrendada.
[1] Estas informações foram compiladas de PAULA, F. M. de C; Comunidades do Feixo e da Restinga: dos Afro-descendentes da Lapa. Curitiba: Edição do Autor, 2007.