Microrregião de Guarapuava - Candói - CRQ Despraiado
Município desmembrado do município de Guarapuava. Os negros estão nessas terras há mais ou menos 200 anos. Pedro Alves de Araújo, 67 anos, filho de Luiz Caetano de Araújo e casado com Alzira Caetano de Araújo, morador da comunidade, relata que seu avô Luiz Caetano de Araújo, casado com dona Teresa, que morreu com noventa e nove anos, era escravizado na fazenda Sepultura.
Após a libertação, os negros continuaram trabalhando na referida fazenda que ficava no distrito de Candói, município de Guarapuava. No ano de 1973, Pedro Alves de Araújo comprou de Valfrido Luiz Kraus de Lima, então propeietário, 30.268, trinta mil, duzentos e sessenta e oito metros quadrados, (menos que um alqueire) pagando CR$1.500,00, mil e quinhentos cruzeiros. Pedro Alves de Araújo conta que há 40 anos, havia um fazendeiro que iluminava a noite com o jipe, e os negros, com picaretas abriam picadas e estradas que precisassem ser abertas.
Trabalhavam durante o dia, durante a noite e madrugada sob pena de ir para a cadeia se não aceitassem trabalhar da forma proposta pelo fazendeiro que tinha o apoio da polícia civil, local, conclui Pedro Alves de Araújo. Atualmente a maior parte dos quilombolas trabalha em terra arrendada para lavoura. A padroeira é Nª Sª do Perpétuo Socorro e são venerados São Sebastião e o Divino Espírito Santo.