Microrregião de Guarapuava - Candói - CRQ Vila Tomé
CRQ COMUNIDADE REMANESCENTE QUILOMBOLA VILA TOMÉ
Distante 27 quilômetros da sede do município de Candói está centenariamente a comunidade de Vila Tomé. Relatam Sueli Tomé e sua filha Arlete, que os negros conhecidos como os Tomé, seus parentes, foram os primeiros a chegar ao lugar que aí recebeu o nome de Vila Tomé, pois só eles moravam ali.
Sueli Tomé relata que o seu avô João contava que os padres tomavam conta da escritura da terra, que tal escritura era em letras de ouro e que a terra pertencia aos santos (da igreja). Como a terra era dos santos, os negros não se preocuparam em fazer o documento, em ter escritura nem em legalizar a posse da terra e a tal escritura foi levada pelos padres e sumiu. “Ai chegaram os fazendeiros que começam a tomar as terras, expulsando os negros. Eles soltavam o gado, para engordar com o que os negros plantavam e vendo que mesmo assim os negros não saíam da terra, passaram a atear fogo nos paióis de colheita”, relata Sueli.
Assim a comunidade que foi sendo empurrada, acabou ficando num pequeno pedaço que vive até hoje. Muitos da família Tomé foram saindo e estão para as periferias das cidades de Laranjeiras, Cantagalo, Guarapuava e em outros municípios. Atualmente a comunidade que vivia da agricultura não tem terra para plantar.
Distante 27 quilômetros da sede do município de Candói está centenariamente a comunidade de Vila Tomé. Relatam Sueli Tomé e sua filha Arlete, que os negros conhecidos como os Tomé, seus parentes, foram os primeiros a chegar ao lugar que aí recebeu o nome de Vila Tomé, pois só eles moravam ali.
Sueli Tomé relata que o seu avô João contava que os padres tomavam conta da escritura da terra, que tal escritura era em letras de ouro e que a terra pertencia aos santos (da igreja). Como a terra era dos santos, os negros não se preocuparam em fazer o documento, em ter escritura nem em legalizar a posse da terra e a tal escritura foi levada pelos padres e sumiu. “Ai chegaram os fazendeiros que começam a tomar as terras, expulsando os negros. Eles soltavam o gado, para engordar com o que os negros plantavam e vendo que mesmo assim os negros não saíam da terra, passaram a atear fogo nos paióis de colheita”, relata Sueli.
Assim a comunidade que foi sendo empurrada, acabou ficando num pequeno pedaço que vive até hoje. Muitos da família Tomé foram saindo e estão para as periferias das cidades de Laranjeiras, Cantagalo, Guarapuava e em outros municípios. Atualmente a comunidade que vivia da agricultura não tem terra para plantar.