Microrregião de Guarapuava - Palmas - CRQ Maria da Conceição
CRQ CASTORINA MARIA DA CONCEIÇÃO – (FORTUNATO)
Esta comunidade, que já foi chamada de Fortunato, recebeu o nome atual em homenagem à matriarca sua fundadora Castorina Maria da Conceição. “Seu” Valdomiro Fortunato Nunes, 70 anos, neto de Castorina Maria, relata que ela e sua irmã, Maria Adelaide da Trindade Batista, que fundou a comunidade do Rocio e que hoje tem o seu nome, chegaram escravizadas nas primeiras expedições para povoamento de Palmas, 1836 a 1839.
Contam que os negros que integraram as Bandeiras fizeram parte desse quilombo. Valdomiro diz que os sobrenomes das famílias do bairro são Nunes e Batista, pois Fortunato era um apelido que mais tarde foi assumido como sobrenome. Tanto Valdomiro da Comunidade Castorina Maria da Conceição (Fortunato) como Maria Arlete da Comunidade de Adelaide Maria da Trindade Batista (Rocio), contam o que ouviram dos mais velhos que o Rio Caldeira servia de divisa, de limites: “do lado de cá”, conta, “ficaram os negros e do lado de lá, os fazendeiros brancos”.
Valdomiro, diz que alcançou o tempo em que os negros tocavam as tropas de porcos dos fazendeiros locais para as fazendas de União da Vitória. A viagem durava uma semana. Paravam, alimentavam os animais, dormiam em ronda e na manhã seguinte continuavam a viagem: Levavam um cargueiro de alimentação (um cavalo com as bruacas) com alimento para os homens e os animais – as bruacas eram feitas por eles mesmos em couro cru. “Nois saía dali – aponta - pra diante do Chopim, de carrocinha, puxando alimento; um tio meu foi daqui pro Norte do Paraná levando uma tropa de porco de a pé”.
Ermínio Nunes Fortunato, 50 anos, diz que ainda alcançou tropeada de vaca dos negros. “Aqui era tudo aberto, não tinha cerca, era bonito de se ver. A gente era peãozinho e quando escutava os gritos dos vaqueiros, corria pra dentro de casa, às vezes vinha, vaca, boi brabo e aí ficava olhando da janela”. Ermínio relata que os fazendeiros tinham dinheiro e fechavam as terras das quais se apossavam com taipas de pedra feitas pelos negros, enquanto estes que não tinham dinheiro deixavam tudo aberto, pois cada um sabia qual era o seu pedaço. “Esse direito não foi respeitado pelos que aqui chegaram depois, e principalmente pela prefeitura municipal”, conclui.
Plantam milho, feijão e abóbora para subsistência e criam animais. A padroeira da comunidade é Nossa Senhora da Luz. Festa: Romaria de São Gonçalo. Destacam ainda, na área cultural a dança e a música do Grupo de Dança Afro – “Maria Morena”.
Esta comunidade, que já foi chamada de Fortunato, recebeu o nome atual em homenagem à matriarca sua fundadora Castorina Maria da Conceição. “Seu” Valdomiro Fortunato Nunes, 70 anos, neto de Castorina Maria, relata que ela e sua irmã, Maria Adelaide da Trindade Batista, que fundou a comunidade do Rocio e que hoje tem o seu nome, chegaram escravizadas nas primeiras expedições para povoamento de Palmas, 1836 a 1839.
Contam que os negros que integraram as Bandeiras fizeram parte desse quilombo. Valdomiro diz que os sobrenomes das famílias do bairro são Nunes e Batista, pois Fortunato era um apelido que mais tarde foi assumido como sobrenome. Tanto Valdomiro da Comunidade Castorina Maria da Conceição (Fortunato) como Maria Arlete da Comunidade de Adelaide Maria da Trindade Batista (Rocio), contam o que ouviram dos mais velhos que o Rio Caldeira servia de divisa, de limites: “do lado de cá”, conta, “ficaram os negros e do lado de lá, os fazendeiros brancos”.
Valdomiro, diz que alcançou o tempo em que os negros tocavam as tropas de porcos dos fazendeiros locais para as fazendas de União da Vitória. A viagem durava uma semana. Paravam, alimentavam os animais, dormiam em ronda e na manhã seguinte continuavam a viagem: Levavam um cargueiro de alimentação (um cavalo com as bruacas) com alimento para os homens e os animais – as bruacas eram feitas por eles mesmos em couro cru. “Nois saía dali – aponta - pra diante do Chopim, de carrocinha, puxando alimento; um tio meu foi daqui pro Norte do Paraná levando uma tropa de porco de a pé”.
Ermínio Nunes Fortunato, 50 anos, diz que ainda alcançou tropeada de vaca dos negros. “Aqui era tudo aberto, não tinha cerca, era bonito de se ver. A gente era peãozinho e quando escutava os gritos dos vaqueiros, corria pra dentro de casa, às vezes vinha, vaca, boi brabo e aí ficava olhando da janela”. Ermínio relata que os fazendeiros tinham dinheiro e fechavam as terras das quais se apossavam com taipas de pedra feitas pelos negros, enquanto estes que não tinham dinheiro deixavam tudo aberto, pois cada um sabia qual era o seu pedaço. “Esse direito não foi respeitado pelos que aqui chegaram depois, e principalmente pela prefeitura municipal”, conclui.
Plantam milho, feijão e abóbora para subsistência e criam animais. A padroeira da comunidade é Nossa Senhora da Luz. Festa: Romaria de São Gonçalo. Destacam ainda, na área cultural a dança e a música do Grupo de Dança Afro – “Maria Morena”.