Microrregião de Guarapuava - Reserva do Iguaçu-Pinhão - CRQ Invernada Paiol de Telha
CRQ COMUNIDADE REMANESCENTE QUILOMBOLA INVERNADA PAIOL DE TELHA
Esta é uma comunidade em situação bastante complexa e especial. Sua luta pelo retorno às terras de origem é lendária. A parcela melhor localizada do quilombo, está no assentamento efetuado pelo INCRA próximo à Vila Socorro no distrito de Entre Rios, município de Guarapuava distante 35 quilomtros de sua sede, é conhecida pelo nome de Paiol de Telha.
Originalmente a comunidade negra habitava suas terras da Invernada do Paiol de Telha em parte da Fazenda Capão Grande área também conhecida por Fundão, deixada para os escravisados e alguns libertos por testamento da fazendeira Dona Balbina Francisca de Siqueira, em 1860.
Expropriados – até pelo sobrinho da falecida, no inventário - os negros lutaram incessantemente até que em 1960 (exatos cem anos) os remanescentes foram totalmente expulsos por grileiros, jagunços e pistoleiros com aval de autoridades da época.. O Fundão da Fazenda Capão Grande, pertencia ao município de Guarapuava mas por divisão do território municipal, pertence hoje à Reserva do Iguaçú, onde parcela importante da comunidade está acampada em barracas de lona a beira da estrada em frente as terras ancestrais, como baluartes da luta, comandados por “seu” Domingos, que ao lado de sua mulher “Nália” (.ambos com mais de setenta anos) suas filhas, netos e demais quilombolas mantém a chama da resistência acesa. O resto da comunidade, mais de trezentas famílias, está espalhada nas periferias das cidades de Guarapuava e de Pinhão, com parcelas significativas em situação de extrema necessidade, vivendo como catadores de papeis e/ou em outras funções semelhantes.
Três Associações os representam na luta para reaver suas terras que estão hoje na posse de uma grande cooperativa agrícola. Na periferia de Guarapuava, a catadora de papel, Francisca Soares Ribas de 105 anos, conta que “fazia queijo e vendia, fazia farinha de mandioca, farinha de milho, plantava mandioca, batata doce, batatinha, erva mate, socava erva, criava porco, gado, carneiro, cavalo”. Hoje ela afirma que: “não tenho mais nada, nem sabia que era rica e fiquei pobre”. Diz ainda que “meu único desejo é voltar para o Fundão”, fazenda herdada pelos seus ancestrais. Sebastião de Oliveira que nasceu em 1920 e foi professor alfabetizador na década de 1950 (Guarapuava) no Fundão é referência para a comunidade.
A padroeira é Nossa Senhora das Graças. Os moradores comemoram o dia Consciência Negra e fazem festa junina. O grupo de dança “Kundun Balé” de jovens quilombolas é a produção artística atual.
Esta é uma comunidade em situação bastante complexa e especial. Sua luta pelo retorno às terras de origem é lendária. A parcela melhor localizada do quilombo, está no assentamento efetuado pelo INCRA próximo à Vila Socorro no distrito de Entre Rios, município de Guarapuava distante 35 quilomtros de sua sede, é conhecida pelo nome de Paiol de Telha.
Originalmente a comunidade negra habitava suas terras da Invernada do Paiol de Telha em parte da Fazenda Capão Grande área também conhecida por Fundão, deixada para os escravisados e alguns libertos por testamento da fazendeira Dona Balbina Francisca de Siqueira, em 1860.
Expropriados – até pelo sobrinho da falecida, no inventário - os negros lutaram incessantemente até que em 1960 (exatos cem anos) os remanescentes foram totalmente expulsos por grileiros, jagunços e pistoleiros com aval de autoridades da época.. O Fundão da Fazenda Capão Grande, pertencia ao município de Guarapuava mas por divisão do território municipal, pertence hoje à Reserva do Iguaçú, onde parcela importante da comunidade está acampada em barracas de lona a beira da estrada em frente as terras ancestrais, como baluartes da luta, comandados por “seu” Domingos, que ao lado de sua mulher “Nália” (.ambos com mais de setenta anos) suas filhas, netos e demais quilombolas mantém a chama da resistência acesa. O resto da comunidade, mais de trezentas famílias, está espalhada nas periferias das cidades de Guarapuava e de Pinhão, com parcelas significativas em situação de extrema necessidade, vivendo como catadores de papeis e/ou em outras funções semelhantes.
Três Associações os representam na luta para reaver suas terras que estão hoje na posse de uma grande cooperativa agrícola. Na periferia de Guarapuava, a catadora de papel, Francisca Soares Ribas de 105 anos, conta que “fazia queijo e vendia, fazia farinha de mandioca, farinha de milho, plantava mandioca, batata doce, batatinha, erva mate, socava erva, criava porco, gado, carneiro, cavalo”. Hoje ela afirma que: “não tenho mais nada, nem sabia que era rica e fiquei pobre”. Diz ainda que “meu único desejo é voltar para o Fundão”, fazenda herdada pelos seus ancestrais. Sebastião de Oliveira que nasceu em 1920 e foi professor alfabetizador na década de 1950 (Guarapuava) no Fundão é referência para a comunidade.
A padroeira é Nossa Senhora das Graças. Os moradores comemoram o dia Consciência Negra e fazem festa junina. O grupo de dança “Kundun Balé” de jovens quilombolas é a produção artística atual.